Inicialmente cognominada de São Salvador da Bahia de Todos os Santos, a capital baiana foi capital do Brasil até o ano de 1763
Sérgio Botêlho – Falar em São Salvador da Bahia é antes de tudo emocionante. Não conheci até hoje uma cidade que tão bem realce a diversidade racial e cultural brasileira quanto a nossa primeira capital do país.
Com efeito, quando foi fundada, em 29 de março de 1549, com o nome de São Salvador da Bahia de Todos os Santos, a cidade também sediava o governo geral da Colônia, status que manteve até 1763.
Em Salvador, o sujeito acaba tomando um banho de Brasil. Pretos, brancos, descendentes indígenas, asiáticos e gente do mundo inteiro formam um maravilhoso cadinho sócio-cultural-religioso.
Na cidade convivem, com forte harmonia, religiões das mais diversas origens, com destaque para o sincretismo que une ritos e crenças católicas e de origem africana, onde cabem manifestações religiosas tipicamente indígenas.
A gastronomia baiana, com destaque para a de Salvador, também representa toda essa mistura cultural formadora do país. Assim como a música e os festejos, sejam eles pagãos ou religiosos. É puro Brasil!
Breve histórico
A cidade teve início na Vila Velha, na parte baixa, mas logo passou às elevações que hoje formam o bairro da Vitória. Salvador tornou-se uma cidade dividida em dois planos: a cidade baixa e a cidade alta, como Atenas, na Grécia, e Gênova, na Itália.
Atualmente, com mais de 3,5 milhões de habitantes em sua região metropolitana, Salvador é a cidade mais populosa da região nordeste do Brasil. Seus habitantes são chamados de soteropolitanos, nome criado a partir da tradução do nome da cidade para o grego: Soterópolis (cidade do Salvador).
Como dizia Caymmi, “a terra do branco mulato, a terra do preto doutor!”