Rua da Quitanda é uma das mais tradicionais do Centro Histórico de São Paulo, junto com outras vizinhas como são os casos da XV de Novembro e São Bento

O Centro Histórico de São Paulo guarda prédios antigos e ruas e vielas de significativo valor para a história da capital paulista. Entre essas vias, está a rua da Quitanda, repleta de prédios os mais representativos da história paulistana. HISTÓRIAS DE SÃO PAULO
Logo na esquina da Rua da Quitanda com a Álvares Penteado, outra rua histórica de São Paulo, está o emblemático prédio do Centro Cultural Banco do Brasil, que tem piso original de mosaico e um pé direito altíssimo, da altura de cinco andares.
A rua é um belo exemplo de manutenção de um topônimo urbano que tem inspiração popular, já que era no local em que havia um comércio varejista de frutas, legumes e verduras, a cargo de quitandeiras. Portanto, Rua da Quitanda até os dias de hoje, embora esse tipo de comércio já não mais exista.
Segundo registro do Arquivo Nacional, foi nesta via que ocorreu o pagamento do resgate oferecido pela cidade ao corso francês Duguay-Trouin em 1711 e o episódio conhecido como “Noite das Garrafadas” em 1831 – conflito entre brasileiros e portugueses que antecedeu a abdicação de dom Pedro I ao trono.
Ainda de acordo com o Arquivo Nacional, foi nessa importante rua do centro da cidade que estabeleceram-se, entre outros: a sede da tipografia dos irmãos Laemmert; a Loteria da Santa Casa da Misericórdia; a primeira Escola Homeopática (1844); a primeira sede da Academia Brasileira de Letras; o Gabinete Inglês de Leitura e o Clube Militar. Foi também o endereço de inúmeros jornais, como O Mequetrefe e o Correio Mercantil.
Dessa forma, apesar da singela origem do nome, a Rua da Quitanda encerra importantes episódios da história paulistana, com reflexos, inclusive, na história do Brasil.