São Paulo e suas histórias: Praça Franklin Roosevelt

Sérgio Botelho – Entre as ruas da Consolação e Augusta, vizinha à Igreja da Consolação, a praça Franklin Roosevelt, nos dias que correm, é referência de peso para a boêmia paulistana

Praça Roosevelt São Paulo
Praça Roosevelt São Paulo (Crédito da foto: Sérgio Botêlho)

Em finais do século XIX, a atual praça Franklin Roosevelt, entre a Consolação e a Augusta, era apenas um grande terreno pertencente a dona Veridiana Prado, uma rica senhora que somente ocupava o sobrado de sua propriedade em algumas ocasiões do ano.

A região era considerada arrabalde de São Paulo, distante do Centro Histórico paulistano, especialmente até a construção do Viaduto do Chá, quando o crescimento urbano da capital paulista fluiu bem rapidamente para os lados da República e da Consolação.

A partir do século XX, assim como aconteceu com outras chácaras na região, no processo de expansão de São Paulo na direção do que hoje é chamado de Centro Novo, o terreno de dona Veridiana Prado foi loteado, restando, assim, enquanto espaço para construção de um velódromo.

Depois disso, com a edificação da Igreja de Nossa Senhora da Consolação, a área virou um estacionamento e espaço para feiras livres. Décadas depois, durante a época da ditadura, a Roosevelt (que já era assim conhecida) virou um espaço de convivência para artistas e intelectuais que buscavam resistir e sobreviver ao autoritarismo.

Pela sua conformação arquitetônica, a Praça Roosevelt é uma das mais mal vistas pela população paulistana, tendo atravessado, especialmente a partir da década de 1980, período de forte degradação física, ainda mais com o domínio exercido por prostitutas e até o crime organizado.

Apesar de ainda enfrentar enormes dificuldades, a maior parte por conta de sua estrutura física e pelo passado mais recente de criminalidade, a Praça Roosevelt é, hoje, um point cultural e boêmio da cidade de São Paulo, com bares icônicos na vida da região do Baixo Augusta e eventos que marcam a vida noturna da capital paulistana.

 

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