31 de março de 1821: Portugal extingue o Tribunal do Santo Ofício

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Após 300 anos de muita história de tortura e assassinatos em praça pública, o Tribunal do Santo Ofício é extinto em Portugal

Após quase 300 anos de atividade, o Tribunal do Santo Ofício, mantido pela Igreja Católica contra os hereges, foi extinto no dia a 31 de Março de 1821, na sequência de uma decisão nas cortes gerais do reino. 

Isso significa que Portugal manteve a Santa Inquisição até depois dos grandes fatos do Século XVIII, como a Independência dos Estados Unidos (1779), a Revolução Industrial Inglesa (na década de 1780) e da Revolução Francesa (1789) e da Independência

A Inquisição, estabelecida no país durante 285 anos, perseguiu e condenou aqueles que considerava hereges ou seguidores de outras religiões que não a católica. Entre as principais vítimas estão os judeus, os cristãos novos.

Instituída de forma permanente em 1536, a Inquisição Portuguesa, tinha jurisdição sobre todas as colônias do país. Embora conste que nunca foi oficialmente instalada no Brasil, embora tenha atuado por meio de membros do Reino.

Este tribunal aceitava denúncias de pessoas desconhecidas e a sua confissão podia ser obtida por meios de tortura física ou mental. Foi um dos períodos mais cruéis da história da humanidade.

O leque de penas a aplicar também era muito variado e podia ser de carácter espiritual, de prisão, de vexame público, perda de bens ou condenação à morte pelo garrote ou pelo fogo, em praça pública, sob as vistas da multidão.

Só há poucos anos (2004), o Papa João Paulo II, pediu perdão pelos abusos da Igreja cometidos durante os julgamentos da Inquisição.

“É justo que a Igreja assuma com toda a consciência os pecados de seus filhos ao longo da História, que se afastaram do espírito de Cristo e de seu Evangelho, oferecendo ao mundo, em vez do testemunho de uma vida inspirada nos valores da fé, o espetáculo de modos de pensar e de atuar que foram verdadeiras formas de antitestemunho e de escândalo”, escreveu o Pontífice.

Fontes: 

RTP Ensina

Papa volta a pedir perdão por abusos da Inquisição

 

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