Por que os sistemas de Saúde das Américas estão pressionados?

4 emergências sanitárias de uma só vez estão pressionando os sistemas de Saúde da Américas, segundo a direção da Opas

Em uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (12), a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa F. Etienne, afirmou que os sistemas de saúde das Américas estão sob pressão, sofrendo com o impacto de quatro emergências sanitárias: a cólera, poliomielite, COVID-19 e monkeypox (varíola dos macacos).

Sistemas de Saúde das Américas sob pressão sanitária
Água potável e estações de higiene disponíveis para a população é uma das formas de combater a cólera.
Foto: © Daniel Dickinson/UN News

Falando especialmente sobre o ressurgimento dos casos de cólera no Haiti, quando o país estava prestes a declarar que estava livre da doença, Etienne disse que esta situação deve ser como um lembrete de como as doenças se espalham rapidamente. Desigualdades na América Latina

“Emergências sanitárias paralelas e ambientes sociais, políticos e naturais frágeis ilustram a importância de investir e fortalecer os sistemas de saúde”, disse a diretora da OPAS durante coletiva de imprensa virtual nesta quarta-feira (12).

HISTÓRIAS DE SÃO PAULO

A diretora da OPAS também fez um novo apelo para ação contra a pólio, aumentando a cobertura e a vigilância da vacinação, uma vez que quatro países da região – Brasil, República Dominicana, Haiti e Peru – estão em “risco muito alto” de sofrer um surto, e outros oito são considerados de “alto risco”.

Até 9 de outubro as autoridades nacionais do Haiti haviam confirmado 32 casos e 18 mortes, assim como mais de 260 casos suspeitos em torno da capital, Porto Príncipe.

“A cólera chegou em meio a uma grave agitação social e política”, disse a diretora da OPAS, acrescentando que o contexto “complica os esforços para fornecer assistência humanitária e responder ao surto”.

A OPAS está apoiando as autoridades haitianas e parceiros internacionais no estabelecimento de centros de tratamento de cólera. A Organização doou duas toneladas de suprimentos médicos e está auxiliando o Ministério da Saúde Pública e a população na vigilância e gerenciamento de casos.”Também estamos preparados para ajudar o governo a acessar rapidamente os suprimentos de vacinas”, enfatizou a diretora da OPAS.

Edição do Para Onde Ir: Sérgio Botêlho, com informações da OPAS

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