Galeria Metrópole vem recuperando prestígio: São Paulo e suas Histórias

Sérgio Botêlho – Na esteira das ações oficiais e particulares de recuperação e ressignificação do Centro Histórico de São Paulo, a outrora gloriosa Galeria Metrópole vai também recuperando prestígio

Localizada na icônica e ecológica praça Dom José Gaspar, da Zona Central de São Paulo, a Galeria Metrópole, que nasceu com muito charme e prestígio, na primeira metade da década de 60, busca recuperar parte de sua celebridade original na proporção em que ganha corpo os projetos que propõem a revitalização da Zona Central de São Paulo.

Quem conhece a Galeria Metrópole nos dias de hoje, apesar do encanto da distribuição dos espaços internos, o que inclui um belo jardim, e externos, envolvida pelas espécies botânicas que remetem a uma São Paulo e suas matas, não tem a ideia do que aquele ambiente comercial representou, na largada, em 1964.

Na época de sua inauguração, a Galeria Metrópole, além de abrigar o aclamado Cinema Metrópole, com 1300 poltronas e hall de catedrais, era ocupado por lojas requintadas e público correspondente, num constante desfile de luxo e circulação de muito dinheiro, ao longo de todo o restante da década de 60 e início da década de 70. Tudo isso não evitou que, na sequência, entrasse em um período de total decadência, com direito a se tornar assunto de páginas policiais, no momento em que algumas de suas lojas foram ocupadas por gente ligada à criminalidade, segundo registram os jornais da época.

Visitar, hoje, a Galeria Metrópole, ocupada por bares e restaurantes comumente cheios, é um complemento necessário a qualquer visita que se faça ao Centro de São Paulo, e sua perceptível revitalização. Não é possível, ainda, reviver os tempos de glória absoluta da época de sua inauguração, mas, claramente, já é visível a olho nu que a Galeria Metrópole não se trata, mais, de um espaço ocupado pelo crime. Um espaço realmente emblemático para a história mais recente da Cidade de São Paulo, segundo foi idealizado pelos arquitetos Gian Carlo Gasperini (italiano) e Salvador Candia (sul-mato-grossense).