Igreja de Santo Antônio, a mais antiga: São Paulo e suas histórias

Sérgio Botêlho – Considerado o mais resiliente templo católico de São Paulo, a Igreja de Santo Antônio, na Praça do Patriarca, centro histórico paulistano, resiste ao tempo e emociona pelo que representa

Igreja de Santo Antônio São Paulo
Igreja de Santo Antônio São Paulo (Crédito da foto: Sérgio Botêlho)

O Centro Histórico de São Paulo emociona a cada passo e uma dessas emoções atende pelo nome de Igreja de Santo Antônio, na Praça do Patriarca. Trata-se da igreja paulistana que sobrevive por mais tempo na história dos templos católicos da cidade, já que os primeiros registros sobre o que foi inicialmente uma ermida datam de 1592, segundo a Arquidiocese de São Paulo.

HISTÓRIAS DE SÃO PAULO

Bem próxima ao Viaduto do Chá, a igreja tem sobrevivido às custas de algumas reformas e restaurações, ao longo de sua existência. Atualmente, sua fachada tem estilo eclético, combinando tendências de épocas diversas. Já o seu interior, conforme o registro arquidiocesano já referido, “conserva importantes testemunhos da arte produzida em São Paulo no período colonial”.

A Igreja de Santo Antônio, portanto, atravessou um extenso e intenso período da história paulistana, convivendo em pedra e cal e certamente sermões e homilias aos inúmeros conflitos de ideias que permearam a construção física e espiritual da capital paulista. Inclusive, no final do século XIX, com o tumultuado processo de construção do Viaduto do Chá, já que tinha entre seus protetores o famoso Barão de Tatuí, morador na região do Chá, e feroz antagonista à construção da grande ponte sobre o Vale do Anhangabaú, que iria permitir a expansão paulistana

Durante todo esse tempo, esteve preponderantemente, mesmo após a construção do convento próprio, entre os desígnios da Ordem dos Franciscanos. No final do Século XVIII foi conduzida pela Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Brancos, que patrocinou algumas reformas no templo religioso, as quais, de acordo com a Arquidiocese de São Paulo, alteraram profundamente as feições de fachada da igreja.

Dessa forma, aos trancos e barrancos, como se costuma dizer, continua de pé a obra católica no cada vez mais preservado Centro Histórico de São Paulo, que serviu de ponto de partida às transições ocorridas na capital paulistana ao longo do tempo, e que encanta conterrâneos e visitantes à medida que tomam conhecimento mais detalhado da história iniciada com a fundação de São Paulo dos Campos de Piratininga, pelos jesuítas Manoel da Nóbrega e José de Anchieta, em 1554.

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