Sérgio Botêlho – Foi uma luta épica para a história urbana de São Paulo, em que a expectativa popular acabou vencendo e produzindo o Parque Augusta, na administração do ex-prefeito Bruno Covas, já falecido

O Parque Augusta, inaugurado em 6 de novembro de 2021, com suas centenas de árvores nativas e exóticas, muito espaço para caminhadas e passeios, tem aproximadamente 23.000 m² e está localizado na zona central da cidade. HISTÓRIAS DE SÃO PAULO
Tem playground inclusivo, cachorródromo, equipamentos de ginástica, sede administrativa, sanitários públicos, arquibancada, deck elevado para apresentações e eventos, trilhas, redário e área para prática de slackline.
O espaço comunitário, a uma quadra da Praça Roosevelt e da Igreja de Nossa Senhora da Consolação, voltado para o lazer e para a saúde pública, está em um terreno que foi originalmente parte de chácaras pertencentes ao pai do escritor Oswald de Andrade.
Passou por sede de colégios e até estacionamento, e, nos tempos mais recentes, pertencia a construtores que entraram em entendimento com a prefeitura paulistana, à época do ex-prefeito, já falecido, Bruno Covas, quando aceitaram trocar os terrenos por outros espaços públicos na cidade, e construir o parque para o desfrute da população.
Mas, esse desfecho não aconteceu sem que muitos protestos acontecessem, e até prisões de manifestantes. Essa luta para que o enorme terreno fosse enfim destinado ao Parque Augusta teve início no século passado e terminou vitorioso em 06.04.2019, quando ocorreu a assinatura do termo de transferência do terreno da rua Augusta, com as presenças do Prefeito Bruno Covas, do Promotor Público Sílvio Marques, das construtoras Setin e Cyrela e representantes das entidades que lutaram pela viabilização do espaço. A inauguração, mais de 2 anos depois, não significa que o projeto esteja concluído, porque comporta ainda a construção de um boulevard entre o parque e a Praça Roosevelt.
Mas, o que importa, é que o Parque Augusta, que abre das 5 horas da manhã e somente fecha às 21 horas, está agora à disposição do povo, a pé, se quiserem, acompanhado de animais domésticos. Mas, nada de bicicletas ou afins. Um verdadeiro deleite popular.