Sérgio Botêlho – Entre os edifícios Altino Arantes (ex-Banespa e também conhecido como Farol Santander) e o celebrado edifício Martinelli, no Centro Histórico de São Paulo, está a Praça Antônio Prado, colada ao boulevard da Avenida São João

Em tempos mais antigos, no espaço denominado Praça Antônio Prado, no Centro Histórico de São Paulo, havia o Largo do Rosário, um rossio a consagrar a Igreja do Nossa Senhora Rosário dos Pretos, ali erguida, e as quermesses patrocinadas pela Irmandade do Rosário dos Homens Pretos, responsável pelo templo católico.
HISTÓRIAS DE SÃO PAULOPortanto, o local é carregado de muita história, muito sofrimento e muitas conquistas, também, alcançadas às duras penas pela irmandade, em sua rotina diária de atender os irmãos em fé e padecimento, na perversa rotina da escravidão.
O cenário mudou a partir no início do século XX quando, em nome da modernização da cidade, a Igreja do Rosário dos Pretos, então demolida, e seu largo, se transformaram na Praça Antônio Prado, onde se localizavam tradicionais restaurantes e confeitarias, e também por onde passavam linhas de bonde para diversos locais da cidade. São Paulo crescia e o prefeito Antônio Prado, que trouxe o bonde elétrico para a capital paulista, precisava daquele espaço para a circulação do novo, moderno e veloz transporte público.
Alvo de muitos elogios em virtude de sua administração voltada para o progresso de São Paulo, e idealizador do novo espaço público, a praça recebeu o nome do prefeito, em vida, ele que administrou a cidade por 12 anos, depois de ter sido vereador. Entre 1899 e 1911, Antônio Prado foi eleito duas vezes pelos vereadores e a outra de forma direta. E, de moto próprio, decidiu que não se candidatura mais, uma promessa que cumpriu até o fim de sua vida, aos 89 anos, quando em 1929 faleceu na capital da República, o Rio de Janeiro.
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