
Palácio e Faculdade de Direito, em Jampa: conjunto histórico dos jesuítas
Sérgio Botêlho – A conturbada história dos jesuítas – não apenas na Paraíba, mas no Brasil inteiro, em virtude da indisposição da Coroa para com a Ordem – deixou marcas indeléveis na capital paraibana, principalmente em termos físicos.

Foto: Biblioteca do IBGE
Entre as idas e vindas dos religiosos da Companhia de Jesus, ao Brasil, por conta de expulsões, perdões e nova expulsão, eles construíram um conjunto de três edificações na capital paraibana, na atual Praça de João Pessoa.
Convento, Igreja e Capela Dourada: a maior obra franciscana na ParaíbaDuas delas ainda hoje estão em pé, evidentemente após reformas ao longo da história. Sendo uma, a que serve como Palácio do Governo e a outra, onde funciona parte do curso de Direito da Universidade Federal da Paraíba.
A igreja
Uma terceira, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição (primeiramente, dedicada a São Gonçalo) foi demolida. O templo ficava entre os atuais prédios do Palácio do Governo e da Faculdade de Direito, e deu lugar ao jardim do Palácio, até os dias atuais. No entanto, ainda resta uma pequena parte da igreja, que foi anexada ao prédio que serve a algumas atividades da Faculdade de Direito: a torre.
Em tempos diferentes, entre 1585, quando chegaram à Cidade Real de Nossa Senhora das Neves, expulsão em 1593, retorno em 1676, e expulsão definitiva em 1759, eles foram construindo e reconstruindo o conjunto arquitetônico no Centro de João Pessoa.
O propósito inicial das construções, afora a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, era o de abrigar um colégio e um convento da Ordem. Contudo, em meio às expulsões, serviram como Secretaria Militar, Escola de Geometria e de primeiras letras, um curso superior e o Lyceu Paraibano, depois transferido para o atual prédio na Avenida Getúlio Vargas.
Visita incluída em qualquer roteiro turístico em João Pessoa, o conjunto dos jesuítas da Praça João Pessoa (hoje resumido no Palácio e Faculdade de Direito) representa detalhe importante da história arquitetônica da capital paraibana.
Fonte:
Memória de João Pessoa – Faculdade de Direito –
http://www.memoriajoaopessoa.com.br/acervopatrimonial/105.pdf
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