No dia em que a população mundial chegou a 5 bilhões de indivíduos, o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (UNDP) criou o Dia Mundial da População. A marca foi atingida em 11 de julho de 1987 e a data passou a ser comemorada a partir de 1989. Hoje, a população mundial ronda a casa de 8 bilhões de pessoas.
Portanto, a situação somente piorou de lá para cá. E a data serve exatamente para lembrar a necessidade de se atender a população em suas necessidades mas básicas de saúde, educação, saneamento e alimentação.
O pior é que cada vez há um maior contingente populacional que não encontra perspectiva de superar a pobreza. E, agora, com a pandemia do coronavírus, a situação, nesse particular, piorou incomensuravelmente.
A outra grande preocupação é com a questão do meio ambiente, cada vez mais ameaçado. Também aqui, além da irresponsabilidade demostrada dia a dia pela economia internacional, também a miséria acaba contribuindo fortemente para a degradação do planeta.
Questão de gênero
A questão da mulher também deve ser lembrada no Dia Mundial da População. Não somente sobre o aspecto da desigualdade de salários e de cidadania, mesmo, em várias partes do mundo, tem ainda a questão da mortalidade materna.
A violência de gênero ainda é fator de sérias contestações em todo o mundo. Uma violência que é alicerçada na própria desigualdade de gênero. A gravidez indesejada e a falta de acesso aos serviços de saúde, pela maioria das mulheres, completam o quadro a ser combatido na questão de gênero.
De acordo com a diretora-executiva do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), Natalia Kanem, o progresso global para colocar um fim às diversas agressões contra mulheres deve sofrer sérios retrocessos em meio à pandemia. Além disso, o acesso à saúde sexual e reprodutiva, como pré-natal e contraceptivos, também está ameaçado.
“Esse é o momento em que precisamos redobrar todos os nossos esforços e trabalhar que as desigualdades, que são evidenciadas pela pandemia, não sejam um obstáculo para a garantia de direitos de todas as pessoas”, afirma Astrid Bant, representante do UNFPA no Brasil.
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