Capela de Santana do Gargaú: muita história coberta pelo canavial

Sérgio Botêlho – À direita da PB-011, que vai da BR-101 a Forte Velho, dentro do município de Santa Rita, existe a Capela de Santana do Gargaú, bastante deteriorada, mas com paredes externas e cobertura mais ou menos conservadas.

Inteiramente envolvida pelo canavial, a capela conta uma parte da história da ocupação do brejo paraibano, especialmente vinculada ao ciclo da cana de açúcar, produto que se constituiu no mais ambicioso plano de ocupação do Brasil, pelos holandeses.

O pequeno templo está situado em terras que, segundo algumas versões, teriam pertencido a um brasileiro nascido em Olinda (1555), e falecido (1644) na então Filipéia, hoje, João Pessoa, Duarte Gomes da Silveira, o Marquês de Copaoba, o engenho Gargaú, de sua propriedade, que ficava em meio ao caminho para Mamanguape.

Contudo, segundo descreve o portal Património de Influência Portuguesa (HPIP), da Fundação Calouste Gulbenkian, o engenho teria pertencido a Ambrósio Fernandes Brandão, o autor dos Diálogos e Grandezas do Brasil.

Visita ilustre

Por conta da estratégica posição geofísica do engenho, o mesmo foi visitado por Dom Pedro II, em sua histórica visita à Paraíba, em dezembro de 1858, no trajeto que o monarca fez a Mamanguape.

De acordo com o registro do HPIP, “há registros de sua capela desde o período holandês, mas a atual construção, por suas características formais, é do último quartel do século XVIII.”

Ainda conforme a descrição do HPIP, “a sua cantaria {os talhes em blocos de rocha bruta} é a melhor das capelas de engenho paraibanas, merecendo destaque o arco‐cruzeiro, o púlpito e, no exterior, a modenatura e os guarda‐corpos. As galerias laterais de dois andares, previstas na construção, nunca chegaram a ser construídas”. 

Localização:

Fontes:

Capela de Sant’Ana do Gargaú

https://pt.wikipedia.org/wiki/Capela_de_Sant%27Ana_(Santa_Rita)

Capela de Santana (Engenho Gargaú)

https://hpip.org/pt/Heritage/Details/1186