Sérgio Botêlho – Tudo leva a crer que o novo normal, a partir do fim da pandemia, revelará um mundo bem mais inclinado a respeitar a ciência, e, particularmente, o meio ambiente, do que o que até agora foi feito, nesse particular, pela humanidade, alertando que o término da pandemia é um objetivo ainda de não muito claro alcance, no tempo.
Dessa forma, os países ou se submeterão às diretrizes globais, a serem tomadas pelos organismos internacionais, ouvida a maioria das nações, ou ficarão à margem das negociações econômicas.
Agora mesmo está acontecendo uma reunião do G-20, onde os líderes do grupo sinalizam exatamente nessa direção. Está ficando claro que para a consciência internacional não é possível mais que o progresso seja visto como antagônico à preservação ambiental.
Bem favorável a essa visão estratégica do desenvolvimento econômico e humano estará a América do Norte, a partir dos Estados Unidos, sob o comando de Joe Biden e Kamala Harris, com a entusiástica participação do Canadá.
E não pode ser diferente disso, após vencida a pandemia, ela própria manifestação de desequilíbrio ambiental, e que vem expondo o perigo que continuará rondando a humanidade caso persista a ignorância científica de alguns líderes internacionais.
Acontece que dos ambientes gelados ao redor do mundo, em contínuo processo de degelo, anuncia-se a possibilidade de reavivamento de vírus até pré-históricos, sobre os quais a ciência atual não tem o menor conhecimento.
Se mesmo com o coronavírus, já familiar aos cientistas, está acontecendo o estrago atual, com centenas de milhares de mortes, a partir de mutações genéticas desse tipo de vírus, avalie o que não pode acontecer com o advento de micro-organismos desconhecidos.
Ciência
Evidentemente, nenhum país no mundo pode permanecer numa posição de afronta à ciência, especialmente no que tange ao respeito à natureza. Entre eles, claro, o Brasil, cujos atuais líderes se esmeram em buscar a desmoralização das orientações dos cientistas, e a maioria das recomendações preservacionistas.
Nos próximos anos, as Nações, em conjunto, têm de investir pesado, se o interesse foi mesmo a sobrevivência do planeta, na substituição de combustíveis fósseis, por energias renováveis. Também serão obrigadas a proteger as florestas, com ardor religioso e amor febril.
No Brasil, por exemplo, é possível usar a preservação ambiental como ativo econômico de grande importância para este futuro que se deseja mais limpo. Daí a necessidade urgente de o nosso país deixar a zona de confronto com a ciência e adotar posição de plena aceitação dos ditames ambientalistas.
A palavra de ordem para os próximos anos e séculos deve ser “ciência”. Ciência acima de tudo e de todos é a máxima que pode salvar a Terra e, por conseguinte, a humanidade, pelos milênios afora.
Enquanto isso, é obrigatório continuar protegendo a humanidade contra a Covid-19, que não mostra sinais de arrefecimento em sua afluência contagiosa. Não somente pela primeira onda, que segue brava no Brasil, como a segunda, que já atormenta a Europa e ameaça nosso país.
E olhe que já se fala, também, em terceira onda. Infelizmente, sobre as vacinas que podem interromper o progresso virótico, não há exatamente previsão de quando bilhões de doses delas serão postas à disposição do grande público, com vários estudiosos apontando para um 2021 tão perdido quanto 2020.
Então, tem de respeitar a ciência. Se a economia clama por abertura de comércio, nos planos internos e globais, a ordem deve ser a de respeito às orientações sanitárias ditadas pela ciência, incluindo distanciamento, uso de máscaras, de álcool a 70%, e onde for possível, isolamento social.
O fato é que a humanidade não tem mais condições de conviver com a pregação da ignorância que, regularmente, usa de empulhações e mentiras para se impor perante a verdade. Lutar contra isso é dever urgente da humanidade se a vontade global for mesmo a sobrevivência humana. VEM AÍ O LIVRO PARAHYBA E SUAS HISTÓRIAS JOÃO PESSOA E SUAS HISTÓRIAS