Sérgio Botêlho – Em 1973, após a derrubada da Churrascaria Bambu, o consolo dado aos noctívagos foi o Paraibambu, um bar-restaurante que fez época no Parque Arruda Câmara, mas que nunca substituiu a Bambu
Há acontecimentos que poderiam apenas ser relacionados a simples movimentações empresariais ou culturais, mas, que, diferentemente disso, nada têm de corriqueiros, porque estão cercados de muitos mistérios.
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Um desses acontecimentos foi o bar e restaurante Paraibambu, projetado para substituir a Churrascaria Bambu, no Parque Solon de Lucena, derrubada, em 1973, por ordem do então prefeito pessoense, já falecido, Dorgival Terceiro Neto.
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O Paraibambu foi construído no Parque Arruda Câmara completamente deslocado da geografia urbana em que existia a Bambu, além de muito diferente, em formato e apelo, do que fora o equipamento de lazer que foi ao chão.
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Apesar de toda a carga desmobilizadora com que o Paraibambu foi apresentado ao distinto público, o local acabou se transformando em um ponto de atração,,pois tinha os seus encantos, embora com bem menor frequência daquela que um dia havia desfrutado a Bambu.
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O novo ambiente era aconchegante por sua iluminação, quase à meia-luz, mesas que guardavam alguma reserva a seus ocupantes, enfim, por um conjunto de particularidades que acabaram fazendo do Paraibambu um local interessante.
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Pontificaram, nos primeiros anos do empreendimento, conjuntos musicais mais voltados para a bossa-nova, como o constituído por Fernando Aranha, ao piano, Dedé do Sax, Wilson, no contrabaixo, e Carlinhos, na bateria.
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Aldemir Sorrentino, outro pianista famoso da época, em João Pessoa, também dava uma canja no Paraibambu, consolidando o aspecto mais tranquilo e calmo do local, em contraposição à forte movimentação da Bambu.
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Assim, na velha Bica, e seu maravilhoso ambiente preservacionista, o Paraibambu sobreviveu, com alguma glória, por um certo espaço de tempo, sendo local privilegiado para comemorações coletivas de diversas procedências, além de abrigo a casais.
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