São Paulo e suas histórias: Instituto Pasteur

Sérgio Botêlho – O terreno onde se situa o prédio do Instituto Pasteur, na Avenida Paulista, é o mesmo de 1903 quando foi inaugurado, embora a construção tenha sido reformada em 1918

Instituto Pasteur
Instituto Pasteur. Crédito da foto para Sérgio Botelho

Percorrer a Avenida Paulista é a certeza de um encontro com a história de São Paulo por meio de prédios icônicos que aos poucos ou conviveram ou ocuparam o lugar das antigas mansões que inicialmente emolduraram a mais famosa via pública paulista. HISTÓRIAS DE SÃO PAULO

O Instituto Pasteur é uma das instituições que ocupam a Avenida Paulista desde os tempos das mansões, criado com a missão de combater a raiva, usando o nome do descobridor da vacina antirrábica, o cientista francês Louis Pasteur, feito alcançado no ano de 1885, quando usou pela primeira vez a descoberta em um ser humano.

A primeira versão do Instituto Pasteur tinha caráter privado, porém filantrópico, criado por renomados médicos paulistas, sendo inaugurado em 5 de agosto de 1903. O prédio já funcionava desde 1895 como uma clínica médica particular, tendo sido comprado por meio de dinheiro arrecadado com doações.

Em 1916 o Instituto Pasteur enfrentou dificuldades financeiras obrigando o Estado de São Paulo a assumir a responsabilidade pelas obrigações administrativas e científicas da instituição. Foi então que o prédio passou por reformas significativas em sua feição e estrutura, tendo sido, em novo formato, reinaugurado em 1918, quando o médico Eduardo Rodrigues Alves assumiu a sua direção, permanecendo no cargo por 30 anos.

Segundo registra a Academia de Medicina de São Paulo, nessa segunda fase do Instituto Pasteur de São Paulo, devido ao pequeno número de funcionários, os recursos foram aplicados no aperfeiçoamento de técnicas de fabricação de vacina, no soro antirrábico e no diagnóstico e tratamento da raiva. Os relatórios de Eduardo Rodrigues Alves à direção da Saúde Pública mostravam que sua principal preocupação era o controle da doença, que se deveria dar pela eliminação dos cães vadios.

Nessa pisada, está ainda hoje na Avenida Paulista o prédio do Instituto Pasteur conforma a reforma concluída em 1918, destoando completamente dos arranha-céus que hoje compõe essa tão importante e icônica via da capital paulista.

 

 

 

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