São Paulo e suas histórias: Edifício Martinelli

Sérgio Botêlho – Prédio que já foi o mais alto da América Latina, o edifício Martinelli começou com 12 andares, foi subindo, até atingir 30 andares, quando o italiano Giuseppe Martinelli deu por terminada a obra com mais 5 andares para sua própria moradia

A construção do edifício Martinelli, entre as ruas São Bento, Líbero Badaró e avenida São João, que ainda hoje serve de grande atrativo no Centro Histórico de São Paulo, teve início no ano de 1924 e somente foi dado por concluído 10 anos depois, quando o italiano Giuseppe Martinelli, rico construtor naval instalado em Santos, acrescentou mais cinco andares ao edifício, com a edificação de sua própria residência. HISTÓRIAS DE SÃO PAULO

Foi aí que o Martinelli se tornou o prédio mais alto não apenas de São Paulo, como da América Latina. Em 1935 perdeu o posto de mais alto da América Latina para o Edifício Kavanagh, de Buenos Aires, e em 1944 o de prédio mais alto de São Paulo para o vizinho Edifício do Banco do Estado de São Paulo (Antigo Banespa, hoje Farol Santander).

Convém assinalar que na década de 1960 o edifício passou por um período de desgaste físico e de dignidade histórica, com elevadores parados, lixo acumulado, utilização das instalações por templos e até prostíbulos, e a ocorrência de crimes registrados pela imprensa paulistana. Então, em 1975 foi alvo de uma grande reforma, conduzida pela Prefeitura de São Paulo, mantendo, contudo, sua fachada e altura, atingida com tanta dificuldade e disposição da parte do construtor, Martinelli, e do arquiteto, um húngaro chamado Vilmos (William) Fillinger.

Hoje, o Martinelli, ao lado do Farol Santander (principal atrativo no Centro Histórico para quem deseja olhar São Paulo do alto) segue encantando os turistas e a população paulistana, não apenas por sua trajetória rica de emanações históricas marcantes para a cidade de São Paulo, como também para os turistas, em virtude de sua fachada belíssima e, também, por ser também um local de observação da cidade de São Paulo.

Imprescindível conhecer o Martinelli, uma vez na capital paulista.