Há mais estrelas no céu

Sérgio Botêlho – Bom. Chegamos ao final do mês de junho e do primeiro semestre de 2021, neste 30 de junho, hoje. Com isso, encerram-se as prolongadas e esplêndidas festas juninas no Norte e no Nordeste do Brasil. Não há mês com mais celebrações e reencontros que o de junho; desse jeito, mais fortemente no Nordeste.

Entre os nordestinos, em sua maior parcela, já aconteceram as mais ruidosas manifestações de alegria, que são as mesmas do Norte, com destaque para os dias 23 e 24, onde todos se dedicam a festejar São João. Mas, também tem festa para Santo Antônio, dia 13, e São Pedro, ontem, 29. É um mês todo de gandaia e fartura, quando o clima comporta-se de forma generosa.

No Pará e no Maranhão, contudo, hoje ainda tem festa dedicada a São Marçal – criança que teria sido contemporânea de Jesus, segundo alguns, ou vivido no Século III, segundo outros – com direito a fogueiras de paneiros e palhas secas. Portanto, é São Marçal, não muito popular no chamado Nordeste Setentrional, quem encerra os festejos juninos, a partir dessas manifestações maranhenses e paraenses, com muito folguedo.

Falar em fogueiras, essa é uma tradição que tem origem mais no campo do que nas cidades. Nas urbes, destacadamente as maiores, nunca foram bem-vindas, por problemas técnicos sérios e próprios das aglomerações urbanas. Lembro bem disso ali pelos anos de infância, entre 1950 e 1960. Desde essa época, o problema já era enfrentado.

O São João deste ano de 2021, o segundo dominado pela Covid-19 e suas variantes, se caracterizou pelas lives, termo inglês que traduz as apresentações geralmente de artistas ao vivo e online pela internet. Foram muitas as lives juninas com realce para apresentações da paraibana Juliette.

Admiro essa moça surgida para o sucesso no reality show da Globo, o Big Brother Brasil, onde evidenciou ao país, com expressivo acolhimento, seu enorme carisma e comportamento de muita autenticidade. Depois disso, parece até descendente do rei Midas, uma vez que tem a capacidade de transformar em ouro tudo o que toca. As grandes marcas que a contrataram e seguem contratando estão aí para dizer.

Juntando seu enorme prestígio nas redes sociais (hoje, no Instagram, persegue, a trote apressado, o mágico número de 32 milhões de seguidores) com o de cada um dos populares artistas com quem com ela dividiu palcos, da Bahia à Paraíba, as audiências das lives com Juliette foram consideradas espetaculares. Ou seja: ela acrescentou muito à notoriedade do artista que a convidou.

Segundo especialistas no assunto, o engajamento dos seguidores com Juliette, nas redes, é impressionante. Impressionam, também, suas convicções pessoais a respeito dos temas mais cáusticos da realidade brasileira. Assim, com todas essas qualidades reunidas, a campinense Juliette, ainda vai fazer muito mais pela cultura e pelo turismo da Paraíba e do Nordeste, do que já fez até agora.

Ontem, por exemplo, assisti o primeiro capítulo de um documentário sobre ela, produzida pela Rede Globo, com veiculação no Globo Play. Serão cinco capítulos de muita exposição da nova celebridade paraibana. É mais um espaço de formidável exibição de Juliette perante o público nacional. E com a multiplicação de seus índices de prestígio haverá de ganhar a Paraíba, na busca de fortalecer seu turismo, e, portanto, sua economia, no rumo da pós-pandemia (que me desculpem a rima).

A gente precisa disso. Só Deus sabe quanto!

E por hoje é só. Amanhã tem mais.

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