A estátua de Luís de Camões, ao lado da Biblioteca Mário de Andrade, foi doada à cidade de São Paulo em 1942, pela Casa de Portugal, e desde então vigia aquela casa de livros e de cultura
Foi o poeta Luís Vaz de Camões, que viveu no século XVI, o responsável pela migração do português arcaico para o português moderno. A proeza foi alcançada em sua grande obra, Os Lusíadas, considerada a mais emblemática da Língua Portuguesa. A obra prima camoniana foi escrita entre guerras e confusões homéricas em terras portuguesas, na Península, na África e na Índia.
Não é, portanto, estranho, de forma nenhuma, que uma escultura de Camões esteja bem na frente da segunda maior biblioteca pública brasileira, a Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo, que guarda milhões de títulos, inclusive Os Lusíadas; evidentemente, todas elas da maior importância para a Língua e a Literatura portuguesas.
Por tudo isso é muito forte a presença da figura de Camões na frente da Biblioteca Mário de Andrade, sendo a primeira a ser vista pelo visitante que desce a Consolação. O poeta português tem a companhia não menos grandiosa da escultura do indefectível escritor e poeta espanhol, Miguel de Cervantes, do outro lado do prédio, ambos guardiães ilustres daquela famosa biblioteca paulistana.
A escultura de Camões é obra em bronze, assinada pelo escultor paulistano José Cucé, também responsável, na condição de assistente, do Monumento do Ipiranga, além de autor de vários trabalhos artísticos em São Paulo, entre os quais esculturas na cripta da Catedral da Sé representando o Regente Feijó e o índio Tibiriçá, cujos restos mortais ali se encontram.
A Biblioteca Mário de Andrade fica na Rua da Consolação (Pça. Dom José Gaspar), n.º 94 – República – São Paulo – São Paulo – Brasil
(Crédito das fotos: Sérgio Botêlho, repórter e editor do Para Onde Ir)
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