Presidente da Frenlogi e do Bloco Vanguarda, o senador critica bancos, governo e defende isolamento
Crédito não chega a empresas. “Não estão sendo parceiros. O sistema bancário é forte e organizado. A Febraban possui um lobby muito forte no Congresso. O Crédito não está chegando. A pequena e a média empresa, que são as que mais geram emprego no país, vão ao banco e não conseguem capital de giro. As linhas de crédito anunciadas pelo Governo estão na falácia”.
O desabafo é do senador Wellington Fagundes (PL-MT) sobre ações de garantias do Estado brasileiro às empresas. De acordo com o parlamentar, que preside a Frente Parlamentar Mista de Logística e Infraestrutura (Frenlogi), os bancos estão “impondo altos valores para avaliação de crédito, criando barreiras para aqueles que precisam deste socorro agora, inclusive, assegurando que a nossa economia consiga se manter de pé nestes dias difíceis de coronavírus”.
Para o senador, que também preside o Bloco Parlamentar Vanguarda, no Senado Federal, é preciso denunciar o que classifica como “práticas abusivas de bancos”. Por outro lado, considera que o governo demorou em executar programas de auxílio aos mais necessitados. “A liberação dos R$ 600 demorou. Já deveria ter saído há muito mais tempo”, comentou.
Reservas cambiais
Ele tornou a enfatizar que o Brasil detém 350 bilhões de dólares de reservas cambiais que poderiam estar sendo usados neste momento de crise. “O Governo, primeiro, tem que buscar os recursos necessários para cuidar da vida das pessoas.
“E quando digo cuidar da vida das pessoas, falo principalmente dos mais pobres, dos mais necessitados” – acrescentou. Sobre a resistência do ministro da Economia, Paulo Guedes, frisou Wellington: “Não dá! Temos que abrir o cofre do Governo”.
Isolamento
Fagundes também voltou a defender o isolamento social como medida mais eficaz de combate à proliferação do coronavírus. Segundo ele, o momento exige recolhimento das pessoas em setores considerados não essenciais, e ações de garantias do Estado brasileiro para manutenção do emprego.
Congresso Nacional
Ele destacou que o Congresso Nacional, por exemplo, deverá retornar aos cofres da União recursos na ordem de R$ 600 milhões para ações de combate ao coronavírus. “Todos devem ter a disposição de cortar a própria carne” – enfatizou, destacando, em especial, o Legislativo, o Judiciário, além do Tribunal de Contas e Ministério Público. “Homens públicos e políticos devem dar o exemplo” – disse.
Na matéria, resultado de entrevista ao Portal O Documento, Fagundes também reafirma posição favorável à taxação de grandes fortunas. De acordo com o parlamentar, a medida permitiria ampliar o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Enfim, o senador mato-grossense defende o adiamento do pleito municipal previsto para o final do ano.
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