
Sérgio Botêlho
Como já era esperado, o Tribunal Regional Federal da Quarta Região, em Porto Alegre, rejeitou os recursos da defesa de Lula contra sua (de Lula) condenação. Outra vez, o resultado foi por unanimidade dos votos de três desembargadores.
Segundo afirmam especialistas, ouvidos pela mídia, apesar de condenado por órgão colegiado, como foi o caso, e, a princípio, ser considerado ficha suja, o ex-presidente não pode ser definitivamente inscrito no rol dos inelegíveis.
É que, segundo esses especialistas, a inelegibilidade precisa ser explicitamente decretada pelo Tribunal Superior Eleitoral. Com base nisso, Lula continua afirmando sua candidatura à Presidência da República.
No entanto, por via das dúvidas, o partido, com aval do próprio Lula, já prepara candidato substituto, que pode ser o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, já que outro potencial candidato, o ex-governador baiano, Jacques Wagner, não se mostra disposto.
Nesses últimos dias, Haddad tem conversado com gente da cúpula petista buscando consolidar-se como candidato petista, no caso de Lula vir mesmo a ser impedido pelo Tribunal Superior Eleitoral, conforme é muito provável.
Falar nisso, as eleições 2018 tem acréscimo de movimento nos últimos dias. Depois de o presidente Temer se lançar à reeleição, os governistas também preparam a candidatura do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
Os dois, Temer e seu ministro, vão testar popularidade e índices de rejeição até as convenções partidárias, entre 20 de julho a 05 de agosto. Meirelles vai mesmo para o MDB, e fica de stand buy.
Enquanto isso, o PPS, que realizou convenção nacional no último final de semana, na capital paulista, resolveu apoiar a candidatura de Geraldo Alckmin, ainda governador de São Paulo, pelo PSDB.
Já Marina Silva, da Rede, que estava meio calada, voltou a falar e se prepara, mais uma vez, para ser candidata à Presidência, num quadro que já tem Bolsonaro, pelo PSL, Ciro Gomes, pelo PDT e Fernando Collor de Melo, pelo PTC .
Do rol de pré-candidatos consta, ainda, Guilherme Boulos, pelo PSOL, Rodrigo Maia, pelo DEM, Álvaro Dias, pelo Podemos, afora a candidatura permanente de Eymael, pelo PSDC.
Por enquanto, assim, corre a barca da política no rumo das eleições 2018.