Páscoa: dia de pensar em mudança e esperança

Imagem do site do Vaticano

Sérgio Botêlho

O mundo Ocidental cristão celebra hoje a ressureição de Jesus Cristo, depois de torturado, três dias antes, pelas ruas de Jerusalém e crucificado fora dos muros da cidade, no lugar chamado Gólgota ou Calvário. Foi quando Jesus passou da ‘mansão dos mortos’ aos céus.

A Ressurreição de Cristo é um dos princípios fundamentais do Cristianismo, em todas as suas vertentes, e constitui-se em ato de fé dos que professam a religião, hoje, a mais numerosa em seguidores, no Planeta (2,2 bilhões de pessoas).

A Páscoa cristã tem inspiração semelhante à Páscoa judaica, no sentido de que significam passagem. Mas, se originam de fatos diferentes: os judeus comemoram a passagem (a travessia) do Mar Vermelho, sob a liderança de Moisés.

Também não ocorrem necessariamente no mesmo dia, as Páscoas cristã e judaica. Os cristãos comemoram a Páscoa no primeiro domingo de lua cheia depois do equinócio da primavera. Os judeus comemoram a sua na primeira lua cheia do mesmo equinócio.

Creio que, acima de tudo, raciocinar sobre mudanças, passagens e esperança deva ser o mais forte objetivo de todo o mundo ocidental, neste domingo de Páscoa de 2018, em que coincidem a Páscoa Cristã e a Judaica.

Neste momento, mais uma vez a humanidade está sob risco iminente de uma guerra mundial, desta feita, sem vencidos nem vencedores. E, nesse particular, o Ocidente deve ser protagonista no desarmamento de espíritos.

Também, agora, é possível ver o ódio se transformar em bandeira de franjas crescentemente radicalizadas e dispostas a exercer inexistentes e anticristãos direitos de superioridade de raça, de classe ou de pensamento. Da última vez em que isso ocorreu, a humanidade lembra bem de seus efeitos.

Convém lamentar que muitos dos que se autointitulam de cristãos se inscrevem entre essas legiões, raivosas e amantes da guerra e das armas, que nada guardaram do que viveu, representou e apregoou Cristo, absolutamente nada, coisa nenhuma.

Essa é a oportunidade de todos, principalmente os que imaginam-se cristãos, mas, também, os não cristãos, de realizarem um ato de contrição, relerem a vida de Cristo e a palavra dos apóstolos, e se reconciliarem, pela mudança de comportamento, com a humanidade.

Creio que esse deva ser o principal objetivo de todos nesse Domingo de Páscoa, um dia de festa, com toda a razão para os que professam o cristianismo, mas, também, um dia de muita tristeza para a maior parte da humanidade, que continua sem satisfazer princípios básicos da vida humana, que são os de se abrigar e de comer.

Que pensemos profundamente nisso!

Feliz Páscoa!

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