Semana agoniada, a próxima

Sérgio Botêlho

Há um clima de apreensão política que se evidencia ainda mais no momento em que o presidente da República, mesmo que de forma indireta, entra na linha de investigação do Judiciário, com amigos presos pela Polícia Federal.

O fato torna ainda mais difícil qualquer previsão sobre as eleições de 2018, por não se saber se o ex-presidente Lula pode ou não ser candidato, já que seu nome aparece em primeiro lugar em todas as pesquisas de opinião pública sobre a corrida presidencial.

Para ambos, Lula, mais, mas, Temer, também, a próxima semana se avizinha cercada de dúvidas. O ex-presidente, por conta do julgamento do habeas corpus contra sua prisão, no STF, e o atual presidente, em função dos próximos passos da Operação Skala.

No Congresso Nacional, fonte originária de fatos, e, também, a mais apetrechada caixa de ressonância da política nacional, convém estar de olho nas reações tanto dos partidos quanto das principais lideranças políticas e institucionais sobre os dois temas: Lula e Temer.

Porém, é com respeito à situação do presidente onde reinam as maiores expectativas no que tange ao comportamento do Congresso na próxima semana. Sobre Lula, a divisão de opiniões já é sobejamente conhecida.

Em função da Operação Skala, qual será a reação do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, diante dos interesses do Planalto? Qual a disposição dos aliados em seguir dispostos com os interesses do governo? Quem vai estar interessado em ocupar os ministérios sem comandantes a partir da próxima semana?

Voltando a Lula, resta saber o que acontecerá, se, por exemplo, o STF negar o habeas corpus pretendido pela defesa do ex-presidente. Um mundo de reações pode tumultuar de vez o ambiente já conturbado do parlamento.

São essas as questões a atormentar o mundo político, quanto se trata de avaliar o futuro das relações entre os poderes, e das eleições 2018, e que deverão começar a ser respondidas na próxima semana.

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