Inflação na indústria foi de 0,12% em abril, na comparação com o mês anterior. Os dados se referem ao Índice de Preços ao Produtor (IPP), que o IBGE divulgou nesta sexta-feira, 29. Foi o nono aumento seguido do índice, sendo que em março a variação havia sido de 0,84%.
Os setores que mais influenciaram o índice desse mês foram derivados de petróleo, alimentos, outros químicos e metalurgia. Dessa forma, em um cenário de valorização do dólar e queda no preço dos derivados do petróleo.
O IPP mede a variação dos preços dos produtos na “porta das fábricas”. Portanto, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação.
“Alimentos é o setor de maior peso no cálculo do IPP (25,61%). Em março, os preços da indústria de alimentos tinham subido em média 4,23% e agora em abril 2,09%. Isso faz com que o setor esteja entre os quatro mais influentes nesse resultado”, explica o gerente da pesquisa, Alexandre Brandão. O aumento de abril é o terceiro resultado positivo consecutivo nos alimentos, que acumulam 6,51% no ano.
Carnes
Os produtos “carnes de bovinos congeladas”, “açúcar demerara, inclusive açúcar VHP”, “resíduos da extração de soja” e “carne de bovinos frescas ou refrigeradas” foram os que mais influenciaram o setor de alimentos. “No caso das carnes bovinas congeladas e frescas ou refrigeradas, tem o câmbio que por si só já faz o preço subir, mas também há ainda uma pressão da China nos preços desse produto no mercado mundial”, complementa.
O índice geral, de 0,12%, é explicado por dois fatores: a valorização do dólar e a queda no preço dos derivados de petróleo. “A depreciação do real frente ao dólar, de 9%, desencadeia uma série de aumentos dos preços captados no IPP. Parte, devido aos produtos que o Brasil exporta, como o couro, fumo, derivados de soja, carnes, entre outros. Mas também por força dos efeitos no aumento de matérias primas, o que vai ter impacto, por exemplo, na química e nos eletrodomésticos”, explica.
Mais informações no site do IBGE.