Sérgio Botêlho – Símbolo de fé e resistência, a Catedral da Sé, em São Paulo, expõe estilo neogóticos traçados por arquiteto alemão que também foi responsável pelo projeto da Igreja da Consolação

Um dos símbolos arquitetônicos e repositório espiritual da Cidade de São Paulo, a Catedral da Sé é uma obra de estilo neogótico projetada e iniciada em 1913 e somente concluída em 1954, assinada pelo arquiteto alemão Maximilian Emil Hehl, que viveu no Brasil, e que também é responsável por outra obra católica de igual estilo, a Igreja da Consolação.
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No entanto, a primeira igreja construída no local tem data de 1591, passando ao status de catedral em 1745, para em 1911 ser demolida. Após sua inauguração, em 1954, a Catedral da Sé foi submetida a uma restauração no início dos anos 2000, com reabertura, em 2002, anunciada festivamente pelos seus 61 sinos holandeses feitos de bronze, em missa celebrada por Dom Cláudio Hummes.

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Durante a ditadura militar, a Catedral da Sé foi um espaço de resistência política importante, seja sob a orientação do arcebispo Dom Agnelo Rossi, entre 1964 e 1970, ou do arcebispo Dom Paulo Evaristo Arns, em toda a década de 1970, quando a igreja foi cedida várias vezes a manifestações políticas e ecumênicas.
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A Catedral da Sé está em frente à icônica Praça da Sé, outro espaço marcante da cidade de São Paulo. Na praça, bem defronte à catedral, fica o marco zero da cidade de São Paulo. Em tempos de miséria e fome, o espaço público dominado pela Catedral da Sé, vem sendo local de dormida e vida diária de dezenas de pessoas e famílias em situação de rua.
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No interior da igreja há uma cripta onde estão enterrados os corpos de vários bispos e arcebispos, além do cacique Tibiriçá, considerado pelos jesuítas um dos fundadores, salvadores e guardiões da São Paulo de Piratininga, primeiro nome da Cidade de São Paulo. Também está enterrado na cripta o corpo do regente Feijó.
(As fotos são de Sérgio Botêlho, repórter e editor deste site Para Onde Ir.)
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