Bossa Nova se apresenta no Carnegie Hall, em Nova York

Bossa Nova, no Carnegie Hall, em Nova York. Foi, assim: Há exatos 57 anos, uma turma de músicos, compositores e cantores brasileiros realizou um show memorável no Carnegie Hall, em Nova York. Decerto, era uma turma da pesada, tipo Oscar Castro Neves, Sérgio Mendes, Roberto Menescal, Carlinhos Lyra e Chico Feitosa. Mas também, Milton Banana, Caetano Zama, Sérgio Ricardo, Normando Santos, Dom Um Romão, Luiz Bonfá e Agostinho dos Santos. Bem como, João Gilberto e Antonio Carlos Jobim. Todos envolvidos com uma tal de Bossa Nova.

Feras do jazz

Para assistir o show, em meio a um público de 3.000 pessoas, estavam feras do jazz norte-americano. Entre eles, Dizzy Gillespie, Miles Davis, Gerry Mulligan, Tony Bennett, Cannonball Adderley, Herbie Mann e The Modern Jazz Quartet. Então, a partir de 21 de novembro de 1962, a data do evento, a Bossa Nova ganhou os Estados Unidos e o mundo. Terminado o show, arrumaram o que fazer nos Estados Unidos, de imediato, João Gilberto, Tom Jobim, Sérgio Ricardo e Oscar Castro Neves. Sucesso total.

Como aconteceu o show

Conta a história que o show do Carnegie Hall foi organizado pela gravadora americana Audio-Fidelity. Contudo, sem a providencial ajuda do Itamaraty, a serviço da arte brasileira, a apresentação em Nova York não teria acontecido. Vencidas as dificuldades, o show foi um sucesso e a música brasileira passou a fazer parte do repertório de cantores e músicos norte-americanos de primeira linha. Segundo consta, no mesmo ano do show, “Desafinado” foi gravada 11 vezes, nos States.

Precisa dizer que o show foi ao vivo e a maior parte dele aconteceu de forma improvisada. Houve erros e reinícios de apresentações com devidos pedidos de desculpas. Mas, o entusiasmo ao final, inclusive daquela turma de feras presente no Carnegie Hall, contagiou o ambiente. Gravada 1 ano depois por Tom Jobim, João Gilberto e Stan Getz, “Garota de Ipanema” vendeu mais de 1 milhão de discos compactos. Hoje, a gravação faz parte de acervo restrito, na biblioteca do Congresso americano.

Memórias

Por essa e outras mais é que a Bossa Nova representou o movimento musical mais transformador da MPB, em toda a história. Dessa forma, passa a fazer parte das memórias do Para Onde Ir.

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