A expectativa predominante no mercado financeiro é que o Comitê de Política Monetária (Copom) fará um corte de 0,25 ponto na Selic, enquanto uma minoria prevê um corte maior de 0,5 ponto. Paralelamente, um inquérito militar absolveu as tropas e culpou o governo Lula por eventos relacionados ao dia 8 de janeiro, indicando a responsabilidade de uma secretaria ligada ao Gabinete de Segurança Institucional. As repartições federais passarão a adotar metas de trabalho ao invés de controle de frequência, o que é visto por analistas como uma mudança potencialmente positiva, mas com algumas ressalvas. Enquanto isso, o emprego no Centro-Oeste está crescendo a uma taxa quase três vezes superior à média nacional, impulsionada pelo setor do agronegócio, com um aumento de 6,8% na geração de empregos formais e informais entre dezembro de 2019 e março do ano corrente.
Manchetes do dia:
“Para 70% do mercado, Copom deve cortar Selic em 0,25 ponto. Aposta minoritária é em 0,5 ponto; comitê inicia reunião hoje.” Manchete de capa do Estadão.
“Inquérito de militares sobre 8/1 exime tropas e culpa governo Lula. Documento sigiloso aponta ‘indícios de responsabilidade’ de secretaria ligada a Gabinete de Segurança Institucional.” Manchete de capa da Folha.
“Repartições federais terão meta de trabalho em vez de ponto. Analistas veem aspectos positivos, com ressalvas, na troca do controle de frequência por resultados.” Manchete de capa do O Globo.
“Emprego no Centro-Oeste cresce quase três vezes a alta no Brasil. Puxada pelo agronegócio, a geração de postos de trabalho formais e informais na região aumentou 6,8% entre dezembro de 2019 e março deste ano.” Manchete de capa do Valor Econômico.
Outros destaques:
No Estadão: Nova invasão de unidade da Embrapa pelo MST pressiona o Planalto. Grupo alegou descumprimento de acordos e permaneceu um dia em centro de pesquisa em Pernambuco; bancada ruralista afirma que gestão Lula dá ‘segurança a criminosos’/Juro é chave para inflação baixa. Estrategista da BlackRock diz que taxa vai cair, mas afirma que Banco Central será cauteloso Estrategista-chefe de investimento na América Latina da BlackRock; integrante do Comitê Executivo da América Latina da empresa/Servidor federal vai parar de ‘bater ponto’; cobrança será por resultado. Instrução normativa baixada pela pasta de Gestão estabelece um monitoramento por conclusão de metas de trabalho/A partir de hoje, importado de até US$ 50 pode ser isento de imposto. Sites que cobrarem os tributos de forma antecipada terão isenção do Imposto de Importação em itens de até US$ 50/Eliane Catanhêde: As controvérsias do segundo semestre. Enquanto o BC abre a temporada de queda dos juros, vêm aí pautas econômicas no Congresso e de costumes no Supremo, dividindo a oposição em duas: a parlamentar, que tende a apoiar a âncora fiscal, a reforma tributária e a mudança no Carf; e a popular, que vai fazer barulho contra avanços no Supremo.
Na Folha: Caixa repassará R$ 12 bi ao Tesouro após reter depósitos/Óleo sobe 13% no mês; Petrobras diz que não repassa volatilidade/ Mercado espera corte de 0,25% ponto na taxa Selic amanhã.
No O Globo: Merval Pereira: Arthur Lira tenta influenciar escolha do novo PGR/Miriam Leitão: Taxar fundos exclusivos é uma forma de justiça/ Novas invasões do MST pressionam governo e CPI. Ocupação em área da Embrapa foi protesto contra o governo/Inquérito militar isenta Exército sobre 8 de janeiro.
No Valor Econômico: Dividendo da Petrobras pode ser ainda menor. Petroleira já anunciou uma nova política de dividendos, com percentuais de pagamento menores aos investidores da estatal/Investidores ganham com a expectativa de queda dos juros. Quatro mês consecutivo de desempenho positivo para os ativos brasileiros de maior risco também se deve ao avanço da reforma tributária no Congresso, na sequência do arcabouço fiscal/Justiça melhor e mais rápida. Pesquisa aponta que tempo médio de tramitação das ações em varas empresariais especializadas é de 217,8 dias, enquanto nas varas generalistas leva-se, em média, 415 dias, quase o dobro/ Uma reforma tributária complexa, porém necessária. É importante todo o esmero de nossos legisladores na montagem da legislação infraconstitucional da transição dos regimes e o governo deve trabalhar intensamente para evitar uma lista muito extensa de setores beneficiados com IVA reduzido/Incerteza é a menor desde novembro de 2017, indica FGV. Melhora nos principais indicadores macroeconômicos e resiliência no setor de serviços levaram ao resultado, afirma economista/ FMI aponta riscos de implementação do arcabouço. Questão é foco da regra nas receitas, diz Fundo, que sugere esforço fiscal mais ambicioso.
Editoriais do dia:
“Vanguarda do atraso. Governo Lula quer reeditar crédito a empreiteiras que resultou em calote de US$ 1,1 bi no BNDES.” Editorial da Folha.
“Brutalidade policial. Gestão paulista precisa investigar excesso de uso da força em ação com cerca de 10 mortes no litoral.” Editorial da Folha.
“Copom deve manter diretriz técnica ao decidir sobre juros. Perspectiva de corte na Selic abre oportunidade para Planalto praticar o comedimento e evitar conflito.” Editorial do O Globo.
“Prestação de contas das eleições expõe absurdo da PEC da Anistia. Documentos entregues ao TSE comprovam gastos com carros de luxo e empresas de líderes partidários.” Editorial do O Globo.
“Crianças como protagonistas. Atenção às crianças de zero a 6 anos precisa ir muito além de um marco simbólico no calendário nacional.” Editorial do Estadão.
“A angustiante espera por hemodiálise. O Estado tem o dever de dar atenção a isso por imperativos constitucionais e humanitários.” Editorial do Estadão.
“Putin vai à África. Ditador russo tenta mostrar que não está isolado, mas países africanos são reticentes.” Editorial do Estadão.
“Ampliação do mercado livre de energia abre frente de debate. A pauta envolve temas como os subsídios cruzados do setor e os erros de governos passados que jogaram a conta no bolso do consumidor.” Editorial do Valor Econômico.
Bolsa de Valores
Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou a segunda-feira, 31, em alta de 1,46%, a 121.943 pontos. O dólar terminou o dia em leve baixa de -0,02%, a R$ 4,73.
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