Sérgio Botêlho – Passaporte vacinal é desejo expresso de 81% da população brasileira; em descompasso com a Nação, governo sempre foi contrário
Ao mesmo tempo que crescem as preocupações gerais sobre os efeitos da variante Ômicron na saúde popular e na economia do país, seguimos nos certificando de que a população brasileira é resolutamente favorável à vacinação, o que é um alento.
Alento porque o governo federal continua investindo todas as suas forças para desmoralizar a imunização, um hábito que virou tradição entre as famílias brasileiras e que aparece exposta com todos os números na mais recente pesquisa Datafolha sobre o assunto.
De maneira efetiva, 81% dos brasileiros querem um maior empenho com a vacinação e, por isso, defendem a cobrança do passaporte de vacina para o ingresso em locais fechados como bares, restaurantes e órgãos públicos, entre outros.
Como é do mais amplo conhecimento, o governo e seus apoiadores, brandindo um suposto direito à liberdade, para serem contrários ao passaporte da vacina, erram propositadamente ao confundir liberdade pessoal com liberdade coletiva, o direito que uma pessoa tem de se infectar com o direito que os demais têm de se livrar da infecção. Afinal, são os infectados que têm o poder de produzir outros, cada vez em maior número.
Lamentável, mais uma vez, o que não é à toa, que o próprio ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, tenha divulgado nesta segunda-feira, 17, que havia ‘comprovadamente’ 4.000 crianças mortas por conta da vacina, quando esse número não passa de 11.
Depois, Queiroga voltou atrás e admitiu o erro. Mas, ficou caracterizada a precipitação de um governo que vem se esforçando para desprestigiar a vacina, a despeito do que pensa a população brasileira, à frente as mães, após décadas de uso vitorioso de imunizantes.
Foi dessa maneira que o país ao longo da história de nossa saúde pública investiu de forma eficaz contra a varíola, contra o sarampo, contra a caxumba, contra a rubéola, contra a febre amarela, difteria, gripe, catapora, HPV e, agora, contra a Covid-19.
As campanhas de vacinação, no Brasil, evoluíram com o apoio cada vez mais determinado, e decisivo, da população, cujo engajamento nas campanhas em favor de vacinas impressiona o mundo inteiro, transformando o nosso sistema de imunização em um dos mais operativos do ponto de vista internacional.
Ainda bem que o povo brasileiro é assim com relação à saúde pública, um segmento da nossa realidade social que não é mais eficaz ainda por conta da falta de recursos públicos suficientes para a magnitude do trabalho que realiza e que, tanto do ponto de vista humanitário quanto econômico, é de vital importância.
Aliás, de tal importância que já provoca tremores entre os responsáveis pela economia mundial que temem atrasos no fornecimento de matérias-primas e a intensificação de dificuldades logísticas, por conta da contaminação de um número cada vez maior de trabalhadores, em todas as partes do mundo, conforme mostra O Globo, em manchete, na edição de hoje do jornal de circulação nacional.
O resultado de todo esse desaguisado sanitário e social é, naturalmente, a desorganização da economia mundial, gerando pânico por conta da escassez de produtos e pelo galope sem freios do processo inflacionário em todo o planeta. Com reflexos em maior grau de intensidade nas camadas mais pobres das populações globais.
Portanto, é salutar que a população brasileira se posicione tão grandiosamente a favor da vacina, em detrimento do que pensa o governo da Nação. Embora a gente não deva esquecer do mal que representa para a Pátria como um todo esse descompasso do que pensa o povo, assim, tão claramente favorável à vacina e à saúde pública, e o governo de plantão, que, infelizmente, detém o poder do investimento no setor e de mobilização em favor da saúde dos brasileiros.
O que nos faz pensar cada vez com maior dedicação e empenho no que representa o ano eleitoral que estamos vivendo. Médicos garantem vacina contra Covid em crianças Destaques da Economia na Grande Mídia CLIQUE AQUI DESTAQUES DA GRANDE MÍDIA IMPRESSA DE HOJE