Tendo a Terra como limite, o turismo tipo nômade digital só cresce

Sérgio Botêlho – Para quem trabalha exclusivamente com Internet torna-se cada vez mais permitido virar um nômade digital, visto que ele (o profissional internético) pode trabalhar em qualquer lugar do planeta que evidentemente possua ligação com a Grande Rede.

Agora, mais do que nunca, essa vida nômade está sendo possível, uma vez que é cada vez maior o número de países que oferecem vantagens a quem deseje se estabelecer em seus domínios, a fim de trabalhar de forma remota.

Estônia

Na Estônia, por exemplo, o nômade digital agora tem direito a visto normal de permanência, trabalhando e gastando por lá o que ganha em outras partes do mundo, na maior tranquilidade, não necessitando ter de arrumar um trabalho para permanecer no país.

Para isso, a Estônia alterou sua legislação para criar um novo visto, por meio de emenda à Lei de Migração, convidando nômades digitais que não estão vinculados a um escritório físico a viver legalmente no país.

A Estônia e mais a Letônia e a Lituânia são conhecidos como os Países Bálticos, banhados pelo Mar Báltico. Juntas, essas três nações apresentam extensão territorial de 174.800 quilômetros quadrados e população total de 6.876.172 de habitantes.

Ex integrantes da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, os Países Bálticos obtiveram significativas melhoras nos indicadores sociais, pois todos eles apresentam alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), baixas taxas de analfabetismo e mortalidade infantil, após se tornarem independentes e se aproximarem mais das nações européias.

e-Residency

Segundo comenta o site Melhores Destinos, a Estônia já possuía um programa de residência digital, chamado e-Residency. Por apenas € 100, o programa oferece aos empreendedores estrangeiros a possibilidade de abrir uma empresa online dentro da União Europeia, ter uma identidade e conta bancária, sem estar fisicamente presentes. A diferença agora é que, com o novo visto, os profissionais poderão se mudar e viver legalmente no país.

De acordo com Mart Helme, Ministro do Interior da Estônia, “o visto para nômades digitais fortalecerá a imagem da Estônia como um estado eletrônico e dará à Estônia uma voz mais influente em nível internacional”.

De acordo com o Melhores Destinos, o resultado é que mais de 50.000 pessoas de 157 países já se tornaram e-residentes desde o lançamento do programa, em 2014. Com o lançamento do novo visto para nômades digitais, a ideia é atrair viajantes de longo prazo para trabalhar sem tirar o emprego da população local.

Portal dos nômades digitais

O fato é que já existe até um portal dedicado à vida do nômade digital, que relaciona inclusive cidades e países que mantêm política de atração para esse tipo de trabalho, a exemplo de Chiang Mai, na Tailândia, Medellín, na Colômbia, Uruguai, França, Porto, em Portugal e Costa Rica.

Nas paradisíacas Bermudas, há um programa específico para atração de nômades digitais chamado Trabalhe a Partir das Bermudas. Para ajudar, o mundo corporativo vem crescentemente se adaptando ao trabalho remoto.

Na Europa, outros países também oferecem facilidade para nômades digitais, como Alemanha, Noruega e República Checa. Agora, com a Estônia, a tendência é que essa quantidade de países cresça. 

Quer dizer: com um visto de turista, o nômade digital, em uma nação da Europa, pode trabalhar normalmente no país, receber seus ganhos por meio do sistema bancário local, e gastá-los como bem quiser, favorecendo a economia local. Além de poder viajar pela Europa, por um período determinado. Com certeza, uma novíssima tendência do turismo internacional proporcionado pela Web, onde o espaço da Terra é o limite.

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