Daiane, nome a ser lembrado em 12 de dezembro

Sérgio Botêlho

Daiane dos Santos é nome para ser lembrado, hoje. Em 12 de dezembro de 2004, a ginasta brasileira alcança vitória de grande impacto para o esporte brasileiro. Aliás, não somente para o Brasil, mas, também, para toda a América Latina.

Com efeito, pela segunda vez, a gaúcha conquista medalha de ouro, no solo, em uma Copa do Mundo de Ginástica Artística. Ao som de Brasileirinho, música de Waldir Azevedo que Daiane ajudou a viralizar, veio a vitória.

A primeira medalha de ouro de Daiane

A primeira medalha de ouro de Daiane aconteceu em 2003. O cenário foi o Campeonato Mundial daquele ano, na Califórnia, nos Estados Unidos. A atleta brasileira vinha de uma cirurgia e acabou sendo uma grande surpresa na final do solo.

A brasileira realizava, então, o seu duplo twist carpado, um salto desenvolvido junto com Oleg Ostapenko, seu treinador de então. Importante anotar que o movimento tem o seu nome, Dos Santos, em todas as competições internacionais.

Daiane ganha segunda medalha de ouro

A segunda medalha de ouro em campeonatos mundiais de Daiane veio na Super Final da Copa do Mundo, em Birmingham, na Inglaterra. Isto, em um ano onde acumulou algumas vitórias, mas, também, derrotas.

Sob pressão, a extraordinária ginasta brasileira entrou para executar sua série tendo que superar a romena Catalina Ponor, que já havia se apresentado, e alcançado 9,675 pontos. Num ano não muito bom, o desafio era enorme.

Contudo, Daiane dos Santos brilhou em sua apresentação, ao som do icônico Brasileirinho. Sem cometer falhas extraordinárias, ela se foi melhor que Catalina. Ao serem divulgadas as notas, Daiane ganhou 9,712 e o almejado ouro.

Daiane símbolo

Daiane hoje é aposentada do esporte, mas continua forte símbolo para as mulheres e para o combate ao racismo. As posições da ginasta brasileira foram expostas em entrevista concedida à ONU Mulheres, em agosto deste ano.

Sobre o racismo, ela revelou: “Posso dizer que sofri muito mais racismo no Brasil do que fora do país. Mais de 50% de nossa população é composta por pessoas que se autodeclaram negras, mas o preconceito ainda existe. Dizem que se trata de um preconceito velado, mas ele é bastante visível e cruel e, infelizmente, não recebe a punição que deveria.”

Mas, ao fim, venceu, e teve que ser respeitada como uma das glórias do Brasil. Por sinal, ao lado de outros atletas negros que fazem a história do esporte brasileiro.

Fontes

ONU Mulheres

Educação UOL

Wikipedia

Esporte IG

O Estado de São Paulo

Memórias

O texto é mais um capítulo das Memórias que estão sendo publicadas no Para Onde Ir

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