Combate ao coronavírus deve ser prioridade absoluta ao país

Economia não tem chance de recuperação sem retorno da confiança geral na saúde ao nível anterior à pandemia, impondo-se o combate ao coronavírus

Sérgio Botêlho – Não há nada mais importante, hoje, no país, do que o combate ao coronavírus. Importa dizer que estamos vivendo claramente um ponto de inflexão em nossa história, rumo ao futuro. Sem derrotar o mais completamente possível a Covid-19, o futuro do país carregará a marca da incerteza.

De fato, sem que se restabeleça o máximo de tranquilidade que seja possível alcançar, a população jamais restabelecerá a confiança em se manter ativa aos moldes do que acontecia antes da pandemia. E sem essa confiança, não será possível alcançar êxito na economia.

Preocupação empresarial

Nesse sentido, não foi gratuita a manifestação mais recente de empresários e economistas no sentido da vacinação como ato prioritário no país. Naquele grupo o número de pessoas emocionais é ínfimo demais. Se houver. Trata-se de uma manifestação fria, mas saudável, sobre a situação do país.

O turismo

O setor de turismo, particularmente o mais atingido pela pandemia, no mundo inteiro, jamais estará recuperado, no Brasil, sem a plena confiança dos viajantes, desde a utilização dos meios de transportes à segurança sanitária de hotéis, restaurantes e pontos turísticos, em geral, conforme explicitamente admitem os players do setor.

De que forma vai sobreviver um setor que depende enormemente dos seus clientes no quesito confiança, especialmente quando é a própria vida do consumidor que está em jogo? Com as idas e vindas da pandemia o resultado fica exposto nos cancelamentos, taxas reduzidas, renegociações, hotéis e restaurantes vazios, e uma série de intempestividades que atormentam o funcionamento do setor.

Havia no trade uma forte esperança de que o ano de 2021 representasse o início da recuperação do setor de viagens. Diferentemente disso, o que está acontecendo é o recrudescimento da pandemia, e, por conseguinte, o retorno das mesmas situações vividas por todo o ano de 2020.

Dessa forma, não há saída senão a de o poder público investir pesado e, portanto, muito preferencialmente, no combate diuturno à pandemia para que seja possível uma recuperação econômica verdadeira e sustentável. Com particular necessidade para o Brasil, hoje epicentro mundial do coronavírus. 

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