38% de venda agro do país, só este ano, foram à China, destaca CNA. De acordo com a superintendente de Relações Internacionais da CNA, Lígia Dutra, isso significa mais de US$ 11 bilhões em produtos do agro para o país asiático. Assim, o país asiático se consolida como o principal parceiro comercial do Brasil.
A informação foi dada durante transmissão ao vivo pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), nesta sexta-feira, 22. Dessa forma, o evento adiantou análise sobre as perspectivas da relação comercial entre Brasil e China nos próximos 10 anos.
As discussões foram baseadas em relatório organizado pelo escritório da CNA em Xangai, no documento “China Agricultural Outlook 2020-2029”. A saber, o estudo resulta da 7ª Conferência sobre as Perspectivas Agrícolas da China 2020, de abril passado, em Pequim.
O levantamento analisa 18 produtos agropecuários em aspectos como produção, consumo, comércio e preço para os próximos 10 anos. Na lista estão arroz, trigo, milho, soja, culturas oleaginosas, algodão, açúcar, legumes, batatas, frutas. Mas também carne suína, carne aviária, carnes bovina e ovina, ovos, lácteos, pescados e rações.
Importância da China
“É um país extremamente importante para nós e precisamos saber o que está acontecendo na agricultura chinesa para saber o espaço que nós teremos no futuro. A CNA está de olho e muito próxima do que está acontecendo na China para poder orientar os nossos produtores e a nossa produção”, disse ela.
O documento aponta que o PIB chinês deverá ter um crescimento médio anual de 5%. Por isso, a China tem necessidade de parcerias comerciais com outros países, entre eles o Brasil, para manter importações agropecuárias.
Para Bruno Lucchi, superintendente técnico da CNA, as informações do documento serão importantes para a elaboração de políticas públicas. Ao mesmo tempo, para que a agropecuária brasileira possa aproveitar um mercado tão importante para o produtor rural brasileiro.
“A crise do coronavírus vai impactar todo o agro e afetar o consumo interno. A exportação será importantíssima para que possamos equilibrar essa produção. Além de gerar divisas para o País, ela permite dar escala aos produtores, garantir que o pacote tecnológico seja melhorado constantemente e diversificar a renda do produtor rural”, afirmou ele.